quarta-feira, 20 de julho de 2011

Aos meus amigos: Feliz dia do amigo.

Por Daphne Becker
Vou assumir aqui que estou me sentindo envergonhada por não ter mais dedicado tempo a postar algumas palavras no blog. Mas um bom motivo de uma postagem é o DIA DO AMIGO!
Recebi várias mensagens de pessoas que gosto bastante e isso me alegra. Me alegra por não ter aquele toque tão comercial de presentear, mas ser uma data para lembrar das pessoas que gostamos e poder abraça-las, isso sem ser dia de aniversário. Fantástico né?
Quantos abraços você recebeu hoje mesmo?
Eu não sei por que, mas com o passar dos anos alguns valores vão se perdendo. Como ta raro um olho no olho ou um abraço hoje em dia né? Claro que muito derivado da informatização das comunicações, que acaba distanciando as pessoas, estas não necessitam mais se visitar pois se falam por e-mail, telefone, etc. Me lembro de na infância o pai e a mãe visitarem muitos amigos e também receber muitas visitas, hoje em dia não temos mais tempo (será isso?).
Alguém ainda tem em sua residência um quarto de visitas? Nossa, antigamente isso era extremamente necessário, pois as pessoas viajavam quilômetros para se ver, e pela longa distância percorrida acabavam ficando para dormir. Sinceramente, no mundo atual só vemos pessoalmente os “amigos distantes” em aniversários ou velórios.
Fica meu recado aos meus “amigos distantes”: Ai de vocês, que não me visitam faz tempo, que venham no meu velório hein? Eu puxo os pés depois. Não veio me ver em vida, gozando de plena saúde, alegrias e boas conversas, vai vir me ver quando eu não puder interagir?
Graças a Deus as amizades distanciadas pelos e-mails são poucas, ainda recebo os amigos para aquele chimarrão gostoso e sem motivo lógico. Sempre gostei de viver no meio de um monte de gente, que sentam em qualquer cadeira de praia ou almofada no chão, sem cerimônia nenhuma. Deve ser por isso que escolhi 13 pessoas para padrinhos do meu filho, hehehe.
Bom, mas o motivo de eu escrever este post hoje foi para lembrar de abraçar seu amigo ou amiga, e se não tiver como fazer isso, lembre de simplesmente lembrar dele.
As vezes vejo pessoas escolhendo amizades, encontrando defeitos para não ser amigo desta ou daquela pessoa. Outras vezes nos cobramos se estamos sendo um bom amigo, se aquela palavra que falamos naquele momento difícil foi adequada...Mas acho que o bom da amizade é saber entender que as pessoas são diferentes e que todas possuem defeitos. Saber amar aquela que se acha a dona da razão, aquela meiguinha envergonhada, a exibida, a desbocada, a que fala sem parar e não te escuta, a atrapalhada e até aquela que nunca encontra tempo para ti ver.
A amizade de verdade se dará com aquela pessoa que você dedicou um tempo de atenção, que te fez dar aquele sorriso, que te divertiu, abraçou, consolou, por mais diferente da sua personalidade que ela seja.
Aos meus amigos aquele abraço apertado de quem gosta de você do jeito que é, e que deve ter te ofendido ou magoado em algum momento, mas que com certeza também arrancou muitos sorrisos, choros e abraços.
FELIZ DIA DO AMIGO!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Solidão a dois...

 Postado por Maica Viviane Gebing Ruppenthal

Amigo leitor, amiga leitora, confesse só para mim: qual a pior solidão, a solidão de quem está sozinho ou a solidão a dois?”. É com essa frase que o caríssimo amigo Paulo Sant'Ana inicia a sua coluna da última segunda-feira, dia 04 de julho, o que me faz pensar, pensar e pensar, no quanto é triste a solidão a dois...
Segundas-feiras costumam ser promissoras e símbolo de recomeço! Adiamos para este dia o início da dieta, dos exercícios físicos, da leitura daquele livro que está há meses na cabeceira da cama, como também adiamos para este dia as decisões afetivas, aquelas que perturbam, não te deixam dormir, aquelas que te deixam na dúvida de se vai ou se fica...quem já passou por isso sabe!
Sant'Ana afirma que só há duas formas do ser humano entrar em crise: pela solidão, ou pelo relacionamento, quando este está em crise...Aquela história de “deixa pra resolver amanhã”, “na hora certa tudo se ajeita”, “deixa a vida me levar”, leva muitas pessoas a entrarem numa “deprê” e numa solidão profundas, mesmo dormindo, almoçando, jantando e vivendo diariamente acompanhadas.
Hoje mesmo um amigo meu, jovem, bonito e bem-sucedido, desabafou sobre o seu estado de refém do relacionamento que mantém há uma década com sua parceira...sim, porque quando se está infeliz, em dúvida, em conflitos eternos e diários e não se consegue tomar uma atitude, uma decisão que resolva realmente a situação, nos tornamos reféns dos nossos sentimentos. Meu amigo confessou a solidão que sente ao lado da companheira, que já não é mais tão companheira assim, mesmo estando com ela o tempo todo...o relacionamento anda em crise, ele não tem mais certeza do amor, da confiança, do respeito mas...acredite, não tem coragem de pôr um fim na relação porque tem medo de ficar sozinho, tem medo da solidão real, física, talvez pior do que a solidão mental e sentimental que vem sentindo.
O sábio Sant'Ana levanta a velha questão do “antes só do que mal acompanhado” e faz a seguinte citação: “Interessante é que a solidão leva ao relacionamento. E é também interessantíssimo que o relacionamento atire às pessoas à solidão”. Vai entender...
Quem sabe o melhor seria seguir os conselhos de Sant'Ana, que sugere folgas conjugais em momentos de dúvidas e inquietações. Cada um para um lado, casas separadas, tempo para os amigos, para inflar o ego e como um passe de mágica bate a saudade e a solidão física faz com que se procure novamente a pessoa que te fez sofrer da solidão mental.
Confuso, mas real, quem já viveu, vive, ou vai viver um relacionamento longo, de muitos anos, algumas alegrias, outras decepções e tristezas, já sentiu, sente, ou vai sentir essa solidão a dois um dia.
Relacionamentos perfeitos não existem. Uns são mais bonitinhos, outros mais conflituosos. E nessas dispersões o que todos no fundo querem e buscam, é a verdadeira felicidade, que geralmente são momentos, reflexos e detalhes que fazem toda a diferença nas nossas vidas.